quinta-feira, 22 de abril de 2010

O equilíbrio da floresta


As florestas são, para muitos, um ambiente desconhecido, até amedrontador. Alguns imaginam que elas se resumem a bichos ferozes, peçonhentos, e ambiente hostil. Mas, se observarmos bem, elas estão próximas a nós, ainda que vivamos em metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo - a exemplo do Parque Estadual da Serra da Cantadeira, em São Paulo, ou de tantas outras Unidades de Conservação no Rio de Janeiro e no Brasil afora. E lá, providos de um olhar mais atento, deparamos com milhares de seres, como plantas e animais que interagem, estabelecendo o que chamamos de equilíbrio dinâmico na natureza.

Podemos visualizar uma floresta pelos vários níveis (estratos), como se fossem andares de um prédio. O subsolo pode ser equiparado aos compartimentos e túneis ocupados por tatus, coelhos silvestres, formigas, pequenos roedores, lagartos, entre tantos outros. Na camada de folhas secas que recobre o solo, há grande quantidade de pequenos organismos que decompõem a matéria orgânica, fertilizando a terra. Ainda próximo ao solo, encontramos ervas e arbustos, onde circula grande variedade de animais: aves como codornas, veado, a anta, o cachorro-do-mato, o jabuti serpentes e vários outros vertebrados e invertebrados representantes de nossa fauna. Se o solo está próximo de um lago ou riacho, uma nova e complexa interação de espécies animais e ambiente aquático ali ocorrerá. Seguem o nível das árvores, que apresenta, de acordo com a altura, uma predominância no perfil dos "moradores". A floresta pode apresentar três níveis de altura de árvores: o sub-bosque, com copas que variam de poucos metros de altura até 20 metros; o dossel, que tem copas entre 20 e 30 metros; e as árvores e as emergentes, muito altas e espalhadas, que se protejam acima do nível geral das copas.
Muitas aves dependem da altura das árvores para garantir a segurança dos filhotes, que devem ficar distantes dos predadores. Os animais que vivem nas árvores podem vir, por vezes, até mesmo ao solo, mas têm preferência em transitar por um desses estratos. Os maiores primatas sul-americanos habitam a Amazônia e a mata atlântica, ocupando os estratos mais altos. Lá, encontram folhas tenras de árvores imensas que só existem nas florestas mais preservadas. Por isso, muitas espécies, como o muriqui, atuam como indicadores biológicos, ou seja, onde existem, sinalizam certos equilíbrio e conservação do ambiente primitivo.

Os fatores físico-químicos, como a incidência de luz, têm grande influência na distribuição das plantas dentro da floresta. Onde há menos luz, as folhas costumam ser maiores e mais escuras, pois concentram mais clorofila. As plantas retêm a energia do sol e repassam (alimentos) para outros seres vivos, que andam, saltam, rastejam ou voam. Esses seres vivem numa cadeia alimentar perfeita, o que garante a harmonia de um ecossistema.

As espécies desenvolvem adaptações distintas para sobreviver. Há plantas que se adaptaram aos troncos de árvores, como bromélias, sem manter nenhum contato com o solo e sem retirar nada das árvores, apenas buscando mais luminosidade e fazendo uso da água que retém entre as folhas, que formam um reservatório na forma de corpo.

Nesse microambiente aquático podem viver algas, protozoários, larvas de insetos, lesmas, pererecas, aranhas e outras espécies, que constituem uma verdadeira comunidade. É exatamente ali que certos predadores, como o mico-leão (e vários outros primatas), vão investigar, selecionando e capturando pequenos seres e saciando a sede, assim como fazem certos pássaros, que também utilizam esse microambiente como fonte de água e para refrescar-se. E os micos-leões podem, por sua vez, saciar a fome de uma jaguatirica ou de uma águia-cinzenta.

Se, contudo, uma dessas espécies desaparece da floresta, o desequilíbrio ocorrerá quase de imediato, pois cada uma tem um papel a cumprirna cadeia alimentar, não importa se o animal está no topo, como as águias, ou nos primeiro níveis, como os sapos. A extinção de um animal de rapina pode levar à proliferação de uma espécie que vai provocar outros desequilíbrios em outras cadeias,até o aparecimento de doenças, como o que ocorre com os pombos nas grandes cidades.

A floresta é mais complexa e majestosa do que um simples olhar pode captar. A falta de conhecimento e sensibilidade tem nos levado à destruição dela através dos século. Mesmo hoje, as florestas continuam sendo derrubadas impiedosamente. Não só florestas, mas também áreas de várzeas, mangues, cerrado, campos. Nossa interferência no mundo tem sido feito no sentido de transformar a natureza em um lugar mais acessível para nós, humanos. No entanto, precisamos nos perguntar se precisamos tanto, realmente da melhor da melhor vista da mata, da praia mais intocada, de mais energia elétrica, ou se podemos viver com toda beleza, levando em consideração os animais existentes em cada região e interferindo na vida deles o mínimo possível. Trata-se de uma reflexão crítica importante nesta época em que vivemos a relação desenvolvimento versus esgotamento dos recursos naturais.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lebre-alpina

A lebre-alpina é marrom-escura no verão, mas, no inverno, seu pêlo se torna branco para que ela passe despercebida na neve. Apenas as pontas de suas orelhas permanecem escuras. Essa mudança sazonal na cor do pêlo a ajuda a se esconder do inimigo. Normalmente ativa durante a noite e no começo da manhã, a lebre-alpina come ervas no verão e gravetos e brotos no inverno.

Nome científico:
Lepus americanus Tamanho: Corpo: 42-50 cm
Habitat:
Floresta, pântanos, matagais Distribuição: Alasca, Canadá e norte dos Estados Unidos.

Equidna-ouriço

A equidna-ouriço tem o corpo roliço e compacto, coberto de espinhos. Quando ameaça, ela pode se enrolar, formando uma bola ou, se o solo for macio, se enterrar deixando expostos apenas espinhos. Dessa forma, protege a cara e aparte de baixo de seu corpo. Tem a língua revestida por uma saliva pegajosa com a qual captura qualquer inseto que toca.

Nome científico: Tachyglossus aculeatus
Tamanho: Corpo: 35-50 cm
Habitat: Pradarias, floresta
Distribuição: Austrália e Nova Guiné

Ornitorrinco

O ornitorrinco é um animal semi-aquático, que passa quase o dia todo em tocas na beira dos rios. Ao amanhecer e no final da tarde, sai para se alimentar na beira do rio, usando seu bico sensível para explorar a lama em busca de insetos, vermes, larvas, camarões e rãs. Seu bico é recoberto por uma estrutura óssea. As patas traseiras do macho têm esporas que são conectadas a glândulas de veneno.

Nome científico: Ornithorhynchus anatinus
Tamanho: Corpo: 45 cm
Habitat: Lagos e rios
Distribuição: Leste da Austrália e Tasmânia

Catita

Embora viva em regiões arborizadas, este pequeno marsupial pouco sobe em árvores, preferindo viver no chão da floresta. Durante o dia, refugia-se em ninhos de folhas, que ele faz em buracos ou nos ocos das árvores. Só sai à noite para se alimentar de sementes, brotos e frutos.

Nome científico: Monodelphis brevicaudata
Tamanho: Corpo: 11-14 cm
Habitat: Floresta
Distribuição: Da Venezuela ao norte da Argentina

Diabo-da-tasmânia

Este marsupial poderoso tem a fama de ser um cruel matador deovelhas e, por isso, vários deles já foram perseguidos pelos fazendeiros. Tem o tamanho de um cachorro pequeno e dentes superafiados com os quais tritura os ossos de suas vítimas. Alimenta-se de répteis, aves, peixes, pequenos mamíferos e de restos de grandes animais mortos.

Nome científico: Sarcophilus harrisii
Tamanho: Corpo: 52-80 cm
Habitat: Floresta seca
Distribuição: Tasmânia

terça-feira, 20 de abril de 2010

Gambá-de-virgínia

O gambá-de-virgínia, é o único marsupial nativo da América do Norte. Procura comida em depósitos e latas de lixo. Para escapar de seus predadores, costuma se "fazer de morto", deitando-se de lado com língua para fora e os olhos fechados ou fixos no espaço. Ao vê-lo "morto", o predador se torna menos cauteloso e o gambá tem mais chance de escapar.

Nome científico:
Didelphis virginiana Tamanho: Corpo: 33-50 cm
Habitat:
Floresta, mata
Distribuição:
Do sudeste do Canadá até a América Central

Vombate

O vombate se alimenta de ervas e raízes nas florestas onde vive e pode ficar meses sem beber água. No alto verão, esse mamífero desajeitado passa o dia em tocas profundas, refugiando-se do calo. A fêmea dá à luz um único filhote, que permanece em sua bolsa por três meses.

Nome científico:
Vombatus ursinus Tamanho: 70-120 cm
Habitat:
Floresta, mata
Distribuição:
Leste da Austrália, Tasmânia

Coala

O coala dorme em média 18 horas por dia. No tempo restante, alimenta-se exclusivamente das folhas de algumas espécies de eucalipto e raramente desce das árvores. Seu intestino longo facilita a digestão da celulose. Bolsas especiais em suas bochechas armazenam as folhas até que necessite comê-las.

Nome científico: Phascolarctos cinereus
Tamanho: 80 cm
Habitat: Floresta seca
Distribuição: Leste da Austrália

Esquilo-voador-australiano

O esquilo-voador-australiano tem dobras de pele que ficam entre as patas da frente e as de trás. Para ir de uma árvore a outra nas florestas de eucalipto, onde vive, ele se lança no ar e estica as patas. Essas dobras de pele funcionam como um pára-quedas que faz o animal planar até seu destino.

Nome científico: Petauroides volans
Tamanho: Corpo: 30-48 cm
Habitat: Floresta
Distribuição: Leste da Austrália

Canguru-arborícola

O canguru-arborícola passa a maior parte do tempo no alto das árvores da floresta, onde come folhas e frutos. E chega a dormir agarrado a um dos grossos galhos. Mas seu número vem diminuindo devido ao desmatamento que está encolhendo seu habitat. Vive em pequenos grupos que dormem na mesma árvore. Apesar de não serem raros, são muito reservados.

Nome científico: Dendrolagus lumholtizi
Tamanho:
52-80 cm
Habitat: Floresta tropical
Distribuição:
Nordeste de Queensland (Austrália)




Canguru-vermelho

O canguru-vermelho é o maior dos marsupiais. Para se deslocar, ele costuma dar grandes saltos sobre as patas traseiras, atingindo uma velocidade de até 56 km/h. Vive nos desertos e nas pradarias da Austrália. A fêmea dá à luz um único filhote que emerge de sua bolsa com dois meses.

Nome científico: Macropus rufus
Tamanho: Corpo: 1-1,6 m
Habitat: Pradarias, desertos
Distribuição: Austrália

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Zonas dos oceanos

O oceano pode ser dividido em zonas. Plantas e animais, em sua grande maioria, são encontrados na camada superior e bem iluminada, chamada zona eufótica ou epipelágica. Abaixo dela, a zona disfótica ou mesopelágica é muito escura para que as plantas se desenvolvam, mas entre os animais que vivem nessa faixa estão o peixe-pescador e a lula-gigante. E sob as duas está a zona afótica ou batipelágica, totalmente escura, onde há estranhas criaturas como diabo-marinho ou o peixe-boca-de-guarda-chuva. O fundo do mar é o berço de pepinos-do-mar e estrelas-do-mar.

domingo, 18 de abril de 2010

Habitats ao redor do mundo

Em todas as partes do planet encontramos animais - não importa o tipo de terreno ou clima. O local onde vive determinada espécie ou o ambiente que a cerca é o habitat dessa espécie. A maioria dos animais só está adaptada a viver em apenas um ou dois habitats. A barracuda, por exemplo, é um peixe de água salgada e não conseguiria sobreviver em um lago de água doce, assim como uma foca não viveria no deserto e uma cascavel não suportaria por muito tempo o frio do Ártico. Alguns animais migram na primavera e novamente no outono para encontrar locais mais quentes com comida em abundância. Os diversos tipos de clima existentes no mundo criaram zonas com variações climáticas e vegetação diferenciada - de calor, desertos quentes e secos e florestas tropicais a desertos polares gelados, oceanos profundos, pastagens, lagos e rios de água doce. Os animais presentes nesses ambientes adaptaram - se surpreendamente, durante gerações, às mais diferentes formas de vida, alimentação e procriação.

sábado, 17 de abril de 2010

Classificação animal

  • Mamíferos são animais de sangue quente que respiram pelos pulmões, têm uma estrutura óssea chamada esqueleto e alimentam suas crias com leite. A maioria dá à luz a seus filhotes e é coberta de pêlos ou pele. Os mamíferos costumam ter cérebro grande e sentidos apurados.
  • Aves são *vertebrados de sangue quente, respiração pulmonar e têm quatro membros, dos quais os dianteiros foram modificados e trasformados em asas. Todas as aves, e somente elas, possuem penas - particularidade que não dividem com nenhum outro ser vivo do mundo animal.
  • Répteis são vertebrados com respiração pulmonar. Nessa grande classe estão incluídos aligátores e crocodilos, lagartos, cobras e tartarugas, além de seus extintos parentes, os dinossauros. Répteis são animais de sangue frio - não podem regular a temperatura do próprio corpo - e a maioria põe ovos.
  • Anfíbios são vertebrados de sangue frio. Como não podem controlar a temperatura do próprio corpo, muitos deles tomam sol para se aquecer e entram na água para se refrescar. Embora tenham pulmões, a maior parte dos anfíbios obtém o oxigênio de que necessita através da pele.
  • Peixes são vertebrados aquáticos de sangue frio, têm o corpo coberto de escamas e doi tipos de nadadeiras: as pares (peitorais e pélvicas) e ímpares (dorsal, caudal e anal). Mas de 45 mil espécies de peixes vivem no mar e em água doce, da suprfície às profundezas do oceano.
  • O número de insetos excede o de qualquer outro animal sobre a face da Terra. Existem cerca de 1,5 milhão de espécies animais conhecidas no mundo e, entre elas, os insetos são aproximadamente um milhão. Eles colonizaram todos os tipos de habitat, exceto os oceanos, e comem qualquer tipo ima ginável de alimento.

Glossário - (*):

Vertebrados:
Animais que têm coluna vertebral.

Sinais de vida

Existem sete "sinais de vida" que distinguem os seres vivos dos não vivos, e os animais possuem os sete.

Animais...

  • Respiram para obter oxigênio e liberar a energia de que o corpo necessita para funcionar.
  • Reproduzem - se sexualmente em sua grande maioria. Mas alguns animais simples se reproduzem fazendo "cópias" idênticas de si próprios. Na reprodução sexuada, as células sexuais do macho e da fêmea se unem dando origem a um novo indivíduo.
  • Movimentam - se para encontrar alimento, um companheiro ou escapar do perigo. Alguns, como as cracas, parecem não se movimentar, mas seus filhotes nadam livres antes de se firmar numa pedra.
  • Alimentam - se de outros organismos (plantas ou animais) para obter a energia para o corpo. Animais também precisam de água para viver.
  • Sentem o mundo á sua volta pela visão, olfato, tato, audição e/ou paladar.
  • Crescem para atingir o tamanho máximo e para reparar qualquer dano em seu corpo.
  • Excretam ou removem as sobras dos produtos do corpo - animais expiram o gás carbônico e se livram de outros restos da forma de urina e fezes.