sexta-feira, 31 de julho de 2009

Animais e Vegetais

Do mesmo modo que a vida animal, a vida vegetal demorou muitos anos para constituir-se. Os vegetais foram cobrindo praticamente todo o planeta, tanto o solo firme como o submerso.

Se não houvesse vegetais, não seria possível a vida animal, pois, de um modo ou de outro, todos os seres vivos animais alimentam-se de vegetais.

Com o passar dos anos, as florestas foram se organizando em grupos com características especiais, de acordo com as regiões. Surgiram as grandes árvores e outros tipos de vegetais.

As primeiras plantas que surgiram em nosso planeta foram as plantas aquáticas, composta de algas na sua maior parte. Alguns fósseis encontrados indicaram quase três bilhões de anos.

O aparecimento dos vegetais terrestres deve ter ocorrido aproximadamente há 440 milhões de anos, durante o período do Siluriano. Nesse período, houve importantes movimentos da crosta terrestre, e parte dos vegetais marinhos teria sido transferida para o solo firme, aí ficando após o retorno das águas.

Mas os vegetais só se multiplicariam com intensidade no período Carbonífero, ocorrido há 355 milhões de anos aproximadamente, graças às chuvas e ao calor que caracterizaram esse período.


Animais Silvestres

INTRODUÇÃO

Existem mais peixes no mundo em termos de número de espécies ou de indivíduos do que animais de qualquer outro grupo de vertebrado. Seu número total de indivíduos supera a soma de todos os indivíduos de todas as espécies vertebradas juntas, o que não deve causar surpresa uma vez que quase 80% da superfície da Terra é coberta por água.

Os peixes e vertebrados semelhantes a peixes podem ser classificados em quatro classes:

Agnatha: peixes desprovidos de mandíbula como ciclóstomos, lampréias e peixes-bruxa. Cerca de 50 espécies;

Placodermi: peixes primitivos com mandíbulas;

Chondrichthyes: peixes cartilaginosos como os tubarões, raias e quimeras. Cerca de 530 espécies;

Osteichthyes: peixes ósseos ou peixes de nadadeiras raiadas. Cerca de 20.000 espécies.

Como grupo, os peixes apresentam tamanhos bastantes variados. O maior é o tubarão baleia, Rhineodon typus, que pode atingir mais de quinze metros de comprimento. O menor peixe conhecido é uma espécie de gobião encontrada nas Ilhas Filipinas, Pandaka pygmea, com um pouco mais de oito milímetros de comprimento. A maioria dos peixes se encontra no mar, sendo chamadas de peixes marinhos, mas há muitas espécies que são encontradas na água doce. Quando estas são estritamente confinadas `a água doce recebem a denominação de peixes primários de água doce. Outras espécies podem penetrar no mar ou em água salobra, por curtos períodos de tempo, e são chamadas de peixes secundários de água doce. Existem ainda, as espécies diádromas, que migram regularmente entre a água doce e salgada, em certos períodos de seu ciclo de vida, tais como o salmão do Pacífico e as enguias de água doce. Estima-se que 58,2% das espécies viventes de peixes são marinhas e 41,8% são de água doce. Destas, 33,1% são primárias, 8,1% são secundárias e 0,6% são espécies diádromas.

De todas estas espécies de peixes, cerca de 400 tem sido tradicionalmente mantidas em aquários e tanques como animais de estimação, sendo alguns acompanhado a própria história do mundo ocidental como no caso do Carassius auratus, o Kingio ou "peixinho dourado" que teve sua primeira citação de coloração vermelha no ano de 970. O sua criação era comum na China em 1500, sendo levados para Portugal algumas vezes durante o século seguinte e para a Holanda em 1728, tornando-se atualmente um dos mais populares peixes mantidos em aquários em todo o mundo. O Kingio original é vermelho-ouro na superfície dorsal, vermelho a dourado nos lados tornando-se bronze amarelado no abdome, e podem viver por até 30 anos. A reprodução seletiva tem originado uma variedade de cores e diversidade de formas nesta espécie. A determinação do sexo de jovens peixinhos dourados é difícil, mas é simples em adultos reprodutivos: a fêmea tem um abdome distendido quando ocorre o amadurecimento das ovas, e no macho, observa-se os "tubérculos nupciais" na cabeça, opérculo e nadadeiras peitorais.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório dos peixes é essencialmente um sistema simples, em que o sangue não oxigenado passa pelo coração. Daí, ele é bombeado para as brânquias, oxigenado e então, distribuído para para o corpo. O coração possui quatro câmaras, mas somente duas delas (o átrio e o ventrículo) correspondem às quatro câmaras (átrios pares e ventrículos pares) dos vertebrados superiores. A primeira câmara do coração de um peixe, ou câmara receptora, é chamada de seio venoso. Tem uma parede fina como a câmara seguinte, o átrio, para qual o sangue passa. Do átrio, o sangue passa para o ventrículo, que tem paredes espessas, e é bombeado para fora, passando do cone arterioso para a aorta ventral. O sangue da aorta ventral vai para a região branquial para ser oxigenado, passando pelos vasos brânquiais aferentes, depois disso, sai das brânquias através das alças coletoras eferentes e vai para a aorta dorsal. O sistema venoso é constituído pela veia cardinal comum, que entra no seio venoso de cada lado do corpo do peixe, sendo constituída pela fusão das cardinais anteriores e posteriores. O sangue da cabeça é coletado pelas cardinais anteriores e o sangue dos rins e das gônadas é coletado pelas cardinais posteriores. As veias abdominais laterais pares, que recebem o sangue da parede do corpo e dos apêndices pares, também entram na veias cardinais comuns. O sistema porta-renal é formado pela veia caudal e pelas duas veias porta-renais, situadas lateralmente aos rins. O sangue da região caudal passa da veia caudal para as veias porta-renais e entra nos capilares dos rins. O sistema porta-hepático coleta o sangue do estômago e do intestino e devolve-o ao fígado, de onde, depois de atravessar uma série de sinusóides, ele passa para o seio venoso por meio das veias hepáticas pares.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório com brânquias internas é uma característica dos peixes. As brânquia formadas por lamelas branquiais são constituídas por pregas finas, recobertas por epitélio respiratório que se situa sobre redes vasculares ligadas aos arcos aórticos, de modo que o dióxido de carbono do sangue pode ser trocado por oxigênio dissolvido na água. Estas trocas gasosas ocorrem durante os movimentos de bombeamento da água por ação muscular em dois momentos: expansão da cavidade oro-faringea com aspiração de água ,e num segundo momento, abertura dos ossos operculares liberando a passagem da água.

A quantidade de oxigênio disponível na água é 20 vezes menor do que a disponível no ar atmosférico (1 litro de ar = 210 mmO2 , e 1 litro de água = 10,29 mmO2). O aumento da temperatura diminui a solubilidade do oxigênio na água, trazendo problemas de anóxia para os peixes de regiões tropicais, onde o aumento de temperatura da água também aumenta o seu metabolismo

Na maioria dos peixes ósseos, um pulmão primitivo transformou-se numa bexiga natatória ou órgão hidrostático, que pode ou não estar ligado ao esôfago por meio de uma conexão dorsal. Por intermédio de glândulas, a quantidade de gás na bexiga natatória pode ser aumentada ou diminuída, de modo a manter o corpo em vários níveis dentro da água.

LOCOMOÇÃO

A locomoção dos peixes é feita a partir dos movimentos de suas nadadeiras. Geralmente existem nadadeiras pares peitorais e pélvicas, uma ou duas nadadeiras dorsais medianas ímpares, uma nadadeira anal ventral mediana e uma nadadeira caudal

NITRIFICAÇÃO E A "SINDROME DO AQUÁRIO NOVO"

O excesso de nitrogênio ingerido pela maioria dos peixes com nadadeiras raiadas é excretado na forma de amônia por difusão pelas guelras e urina junto com grande quantidade de água. Para garantir esta excreção sem desidratar o peixe necessita ingerir um grande volume de água. Quando a espécie de peixe é de água doce, não haverá nenhum problema, mas quando pertence a uma espécie de água marinha, a ingestão de água salgada pode saturar o meio interno de eletrólitos. As espécies de peixes mais antigas, como os tubarões, que sempre permaneceram na água marinha, desenvolveram um artifício para manterem sua homeostase: no fígado a amônia tóxica é combinada com dióxido de carbono e transformada em uréia. A uréia, que não é tóxica pode ser acumulada no organismo, aumentando sua carga iônica, e evitando a entrada de eletrólitos do meio aquático, sendo posteriormente excretada pelos rins.

A amônia liberada pelos peixes fica no meio aquático, e quando acumulada, pode intoxica-los. O processo natural de eliminação desta amônia chama-se nitrificação. A nitrificação é um processo microbiano, no qual a amônia é convertida a nitrato, em um processo de duas etapas. Espécies bacterianas do gênero Nitrossomonas oxidam a amônia (sob a forma do íon amoníaco, NH4+) a nitrito (NO2), e as espécies de Nitrobacter oxidam o nitrito a nitrato (NO3). A nitrificação é um processo natural, de ocorrência constante no solo e na água, como parte principal do ciclo do nitrogênio. A amônia constitui 80% dos produtos nitrogenados de excreção do peixe. A nitrificação é o mais eficiente método de remoção da amônia (altamente tóxica) do ambiente do peixe. Em um aquário estabilizado ou "condicionado", as bactérias nitrificantes podem oxidar a amônia a nitrito e nitrato tão eficientemente que mesmo em caso de densidade populacionais muito elevadas, os níveis de amônia e nitrito permanecem extremamente baixos. As concentrações de nitrato, entretanto, irão aumentar regularmente no ecossistema relativamente artificial que é o aquário, pois não poderá haver plantas suficientes no ambiente, de modo que todo o nitrato produzido seja utilizado. Este não é, entretanto, um problema da maior monta, pois o nitrato é não-tóxico para os peixes; concentrações de até 4.000 ppm não os afetarão. As concentrações apreciáveis de nitrato no aquário irá acarretar o indesejável efeito colateral de estimular o crescimento de algas. As concentrações de nitrato são facilmente controladas pela mudança de aproximadamente 25% da água do aquário, a cada 3-4 semanas.

A "sindrome do aquário novo" é provavelmente responsável por uma mortandade mais elevada de peixes tropicais, a cada ano, que qualquer doença infecciosa isolada. Esta sindrome ocorre quando demasiada quantidade de peixes é colocado em um aquário não condicionado. O aquário, nessas condições, não possui um número significativo de bactérias nitrificantes para oxidar a amônia tão rapidamente quanto a sua excreção pelo peixe. Quando isto acontece, a concentração de amônia rapidamente aumenta, podendo matar os peixes. Nos peixes intoxicados pela amônia exibem sinais de hipóxia, observando-se a hiperplasia e fusão das lamelas branquiais, resultando em deficiência respiratória.

Os níveis elevados de amônia estimulam, então, o crescimento de certas espécies de Nitrossomonas, que rapidamente oxidam NH4 em nitrito. Esse metabólito, por sua vez, é também extremamente tóxico (1ppm) para os peixes; provavelmente terminará por extinguir todos os peixes remanescentes no aquário. O mecanismo de intoxicação por nitritos é similar ao do monóxido de carbono, ligando-se à hemoglobina e, uma vez combinados, impedem o transporte de oxigênio. Assim, os peixes intoxicados por nitritos exibem sinais de carência de oxigênio, vindo finalmente a morrer por asfixia. As altas concentrações de nitrito estimulam o crescimento de espécies de bactéria Nitrobacter, que passa a oxidar o nitrito a nitrato. Neste ponto, o aquário estará condicionado, e deverá facilmente suportar muitos peixes. O tempo decorrente entre o momento em que os peixes são colocados em um aquário não condicionado, e o início da mortalidade pela "sindrome do aquário novo" varia diretamente com a velocidade de produção de amônia, que por seu turno, é determinado pelo número e tamanho dos peixes, sendo geralmente entre 2 a 4 semanas após a montagem do aquário.

O tratamento pode ser feita pela troca de 25% da água do aquário diariamente, até que o processo de nitrificação tenha se estabelecido. Esse procedimento irá efetivamente diluir os agentes tóxicos, causando uma acentuada melhoria na condição dos peixes. A prevenção pode ser alcançada por três métodos simples:

Introdução lenta e gradual de peixes em um novo aquário. Esse método manterá baixos os picos de concentração da amônia e nitrito, dentro dos limites de tolerância dos peixes.

Colocação de algumas pedras do fundo de um aquário bem condicionado, e livre de doenças, no novo aquário. As bactérias nitrificantes aderem à superfície das pedras, e o procedimento irá, essencialmente, inocular os nitrificantes no aquário. Os peixes, todavia, deverão ainda ser introduzidos cuidadosamente.

Estimulação artificial do processo de condicionamento pela adição de sais de amônia e nitrito ao novo aquário. Haverá, em conseqüência, estimulação para o crescimento de bactérias nitrificantes. Pela monitoração dos concentrações de amônia, nitrito e nitrato, pode-se determinar quando o aquário estará condicionado e apto a receber os peixes.

DOENÇAS INFECCIOSAS

Peixes tropicais são altamente susceptíveis a uma variedade de doenças infecciosas. O agente etiologico da maioria desta doenças são bactérias gram negativas com mobilidade. Os principais sintomas e seus possíveis agentes etiológicos estão listados abaixo:

Lesão ou sinal

Possível diagnóstico

Emaciação Muitos estados patológicos causam emaciação, entretanto dois agentes em particular devem ser suspeitos: Ichtyosporidium phoferi (um fungo que provoca infecção sistêmica) e espécies de Mycobacterium, que causam tuberculose nos peixes.
Distensão abdominal

(hidropsia) e/ou

escamas eriçadas

Septicemia bacteriana, usualmente provocada por Aeromonas liquefaciens. A ação de um agente viral também é suspeitada.
Exoftalmia Um sinal bastante inespecífico, associado com diversas doenças (mas comumente com septicemia bacteriana).
Nadadeiras rotas Sinal inespecífico. Má qualidade da água, presença de ectoparasitas (Flexibacter columnaris).
Lesões brancas com aspecto de algodão Infecção por fungo, usualmente, Saprolegnia sp (S. parasitica) ou espécies de Achtya ou Aphanomyces. Diagnóstico pela evidência de elementos miceliais nos raspados.
Manchas ou nódulos brancos Ectoparasitismo. Diagnóstico no exame de raspado de tegumento e fragmento de nadadeiras (protozoário, esporozoário).
Áreas esbranquiçadas sob a pele Esporozoários (Plistophora).
Crescimentos esbranquiçados verrucosos na pele ou nadadeiras Infecção viral linfocística (pox vírus com hipertrofia dos fibroblastos).
Úlceras avermelhadas Aeromonas é um invasor secundário, que pode quase que invariavelmente ser cultivado, entretanto, o problema primário pode ser o ectoparasitismo ou injúria mecânica.

SEPTICEMIA E ENTERITE

Uma forma aguda desta doença em peixes tropicais tem sido atribuída a Paracolobactrum aerogenoides, uma bacilo gram negativo. Peixes dourados expostos ao agente tem mortalidade de 100% em 19 horas. Os sinais clínicos são depressão e enterite. Ocasionalmente, como resultado da enterite, ocorrera o prolapso anal nos estágios terminais. Na necropsia, observa-se um intestino delgado atônico distendido por muco de coloração amarelado. As lesões tendem a ser mais marcadas na porção distal dos intestinos. Os vasos do mesentério e do fígado estarão congestos, e o baço pode estar aumentado de volume até cinco vezes o seu tamanho normal.

Kanamicina ou sulfadiazina adicionada no aquário podem ser eficazes, juntamente com medidas de limpeza e higiene por parte do proprietário, já que demostrou-se a patogenidade deste agente ao homem e outros mamíferos

ASCITE (DROPSY)

A forma infecciosa com ascite é causada pela Aeromonas liquefaciens, um bacilo gram negativo com mobilidade. Os sinas clínicos incluem eritema difuso da pele. Com a evolução do doença o abdome distende-se duas a três vezes do normal com fluido ascítico.

Peixes maiores podem ser tratados individualmente pela administração intramuscular de Clorafenicol. Banhos por oito horas com clorafenicol podem também auxiliar espécimes menores.

DOENÇA RENAL

Esta doença em peixes foi inicialmente atribuída a um bacilo gram positivo, Moraxella sp. Os peixes afetados apresentam petéquias na pele e pequena áreas de necrose focal nos rins. Na cavidade peritonial observa-se fluido rosa.

Microscopicamente, há uma granulação generalizada. Fibrose generalizada nas vísceras e anastomoses perivasculares dos vasos intestinais caracterizam a doença. Corpúsculos de inclusão de tamanho variado são freqüentemente observados nas células acinares pancreáticas. As pequenas inclusões são eosinofílicas e as maiores são basofílicas. Isto sugere uma etiologia viral juntamente com uma granulação bacteriana. Não há tratamento indicado.

TUBERCULOSE

Causada pelo Mycobacterium piscium, M. platypoecilus, e M. fortuitum, ocorre em várias espécies de peixe mantidos em aquários. Estes agentes são bacilos alcool-ácido resistentes, gram negativos e não móveis. Crescem otimamente na temperatura de 30ºC e param sua multiplicação a 37ºC.

Os peixes afetados são anoréticos e rapidamente perdem peso. Apresentam exoftálmia, ulceras cutâneas, descoloração e deformidades esqueléticas. Alguns peixes afetados podem demonstrar fotofobismo. Lesões macroscópicas incluem focos necróticos cinzas que freqüentemente se coalescem formando massas similares a neoplasias. O diagnóstico é feito pela demonstração de bacilos álcool-ácido resistentes nos granulomas ou ulcerações.

Não há tratamento satisfatório, e deve-se tomar muito cuidado na manipulação de peixes infectados já que esta doença é transmissível ao homem.

DOENÇA COLUMNARIS

A mais comum doença de pele, não parasita, em peixes de aquário é a doença columnaris. Esta doença é causada por um bacilo gram negativo Flexibacter columnaris, que invade a epiderme, formando inicialmente uma mancha cinza bem delimitada. As lesões evoluem para ulceras. As nadadeiras tornam-se desgastadas e as brânquias áreas de necrose focal. Espécies de Corynebacterium podem estar associadas ao F. columnaris.

Devido as técnicas especiais de cultivo para o isolamento do agente em laboratório, o diagnóstico é realizado numa montagem úmida em lâmina da lesão, onde o agente pode ser observado como um longo e fino bacilo. Tratamento a base de clorafenicol é efetivo.

PODRIDÃO DAS NADADEIRAS

A infecção ocorre secundariamente a lesão física, estresse por causas psicológicas, superpopulação, desnutrição ou baixa qualidade da água, iniciando-se pela proliferação do epitélio das nadadeiras, com seu engrossamento e opacidade. As lesões invariavelmente iniciam-se da borda distal e avançam lentamente proximalmente. As bactérias Haemophilus piscium e Aeromonas sp tem sido incriminadas como possíveis agentes. Tratamento com clorafenicol é eficaz.

ULCERAS CUTÂNEAS

As ulcerações cutâneas ocorrem com certa freqüência em peixes de aquário. Os agentes etiológicos incluem: Nocardia asteroides, Aeromonas sp, Mycobacterium piscium e Ichthyobonus hoferi. Os três primeiros agentes são bactérias e o ultimo é um fungo patogênico que pode ser diagnosticado por montagens úmidas da lesão.


PROTOZOÁRIOS EXTERNOS

Geralmente motilidade ciliar;

As infecções maciças irritam a pele e as brânquias, fazendo com que o peixe produza quantidades excessivas de muco como mecanismo de defesa. Esse acréscimo na produção pode tornar deficiente a respiração branquial, levando a sufocamento;

As lesões provocadas podem evoluir para infecções bacterianas secundárias;

Ichtyopthirius multifiliis "ICTOS" &ndash Cryptocaryon irritans

Causa a chamada "doença da mancha branca". Ocorre em todo o mundo e acomete todos peixes de água doce e em condições limitadas de um aquário são muito virulenta (a doença similar para peixes marinho é causada pelo Cryptocaryon irritans). A doença pode ser identificada após alguns dias da introdução de um novo peixe no aquário. Os sinais clínicos incluem pequenas manchas ou pintas brancas sobre o corpo, emaciação, asfixia e morte. Os protozoários Ichtyopthirius são organismos grandes, unicelulares, móveis, com formato esférico a oval tendo seu maior diâmetro entre 0,05 &ndash 1mm. Toda sua superfície é ciliada. Seu macronúcleo possui a forma característica de ferradura. Os parasitas vivem em cistos na hipoderme onde seus movimentos rotatórios podem ser observados. Em alguns casos, a infestação é limitada as brânquias. A partir dos movimentos rotatórios o parasita se alimenta de partículas epiteliais e fluidos teciduais do hospedeiro. As manchas e pintas brancas que são comumente observada, chamadas de terontes são parasitos ou grupos de parasitas encistados, não suscetíveis a droga antiprotozoárias. Com o crescimento do protozoário o teronte aumenta de volume, rompe o libera o parasita, chamado trofozoito que passa a viver sobre a pele ou brânquias do peixe. Posteriormente dirige-se ao fundo do aquário, onde adere-se em objetos como cascalho ou tubulação, encapsula-se em uma gelatina, O trofozoito aderido sobre mitoses internas, produzindo numerosos indivíduos jovens ou tomites. Dentro de um período de 18 a 21 horas (em 23 a 25ºC) de 250 a 1000 de tomites ciliados são produzidos, sendo libertados para a água. Eles nadam ativamente e caso encontrem algum hospedeiro penetram na pele e dilatam-se formando cistos e desenvolvendo-se em novas formas adultas. Caso não encontrem um hospedeiro morrem em cercas de 48 horas. O ciclo é completado em 10-14 dias em cerca de 22º C até 21 dias para temperaturas mais baixas.

Como drogas antiprotozoárias não podem penetrar em terontes encistados, o tratamento é direcionado a evitar a reinfecção do peixe pelos tomites. As drogas mais usadas incluem: verde malaquita, formalina e a mistura de verde malaquita e formalina em peixes de água doce. Para peixes marinhos é utilizado o sulfato de cobre.

Em adição à quimioterapia, outros procedimentos ajudarão a controlar a infestação. A elevação da temperatura alguns graus acima da temperatura normal do aquário por vários dias tende a limitar a infecção por um efeito adverso nos terontes, bem como estimula a resposta imune do hospedeiro.

A filtração com diatomáceas tende a reduzir o número de tomites. A transferência do peixe para uma série de aquário limpos diariamente por sete dias limitara a reinfecção. Na prática pode ser usado um único aquário onde a água é mudada diariamente e que tenha a superfície interna de seus vidros limpas para remover algum trofozoito.

Epistylus

Parasitos que apresentam uma longa haste ligada ao peixe; seu corpo tem a forma de um sino em uma das extremidades, possuindo um anel circular ciliado, ao alto.

Tetrahimena

Esses ciliados piriformes são parasitos de vida livre que atacam peixes debilitados. Estão associados com problemas em "guppies" nos quais provocam um anel esbranquiçado de necrose em torno do corpo.

ESPOROZOÁRIOS

A classe dos esporozoários (Sporozoasida) pertencem ao reino dos protozoários (Protista, sub-reino Protozoa) e possuem como características:

  • Forma piriforme, arredondada ou amebóide;
  • Representantes obrigatoriamente de vida parasitária;
  • Flagelos e cílios ausentes;
  • Oocistos com esporozoítos infectantes. Produzem cistos brancos nos tecidos dos peixes. Essas formações são freqüentemente visíveis sem ampliação ótica;
  • O diagnóstico pode ser obtido pela colocação de um cisto dissecado, em uma lâmina de microscopia, esmagando-o em seguida com uma lamínula. A estrutura dos zoósporos irá auxiliar na identificação.

As principais espécies encontradas são:

Henneguya sp

Formam cistos primariamente nas brânquias (onde irão interferir com a respiração) e nas nadadeiras. Esses organismos produzem esporos distintos, longos e de "cauda dupla".

Plistophora hyphessobryconis

Provocam a "doença do neon-tetra". Esses organismos infectam e destroem a musculatura, provocando o aparecimento de áreas de necrose esbranquiçadas, aparentes através da pele. Essa doença ocorre em outros peixes, além dos neon-tetra. Os cistos (pansporoblastos) contém numerosos esporos ovais, bastantes característicos.

FUNGOS

Fungos são um grande grupo de organismos nucleados semelhantes aos vegetais, mas estando ausente a clorofila, e a diferenciação de seus tecidos em raízes, caule e folhas. Quando observado na superfície de um peixe, a infecção fúngica assemelha-se com uma massa de algodão branca. Esta massa, chamada de micélio, é composta de filamentos, conhecidos como hifas, que podem ou não serem ramificadas. Os fungos usam a mateira orgânica como fonte de nutrientes, geralmente vivendo associado com outra forma de vida.

Os fungos em peixes são geralmente um episódio secundário, acometendo animais previamente debilitados invadindo ferimentos causados por outras enfermidades, tanto traumáticas, infecciosa ou parasitárias.

O mais comumente fungo isolado em peixes é Saprolegnia sp. O diagnóstico é feito pela observação das lesões clínicas típicas, e pela presença de elementos miceliais nas montagens para exame microscópico do material das lesões.

O tratamento é realizado a base de banhos de verde malaquita.

ALGAS

Oodinium ou Ammyloodinium (dinoflageladas)

Este agente causa a "doença aveludada". Os peixes afetados apresentam em sua superfície uma cobertura aveludada branca ou escura. As brânquias geralmente estão infectadas. O parasito tem forma variável de 40 a 100 microns, desde esférica até a de um cilindro, e usualmente contém grânulos altamente refrateis.

O ciclo de vida deste parasita inicia-se com a liberação por um cisto maduro (tomonte) de cerca de 250 muito finos, algas nadadoras unicelulares chamadas dinosporideos. Este tomonte pode estar fixo no muco do hospedeiro ou no fundo do aquário. A divisão das células dentro do tomonte ocorre em 3 a 6 dias dependendo da temperatura da água. Os dinosporideos precisam achar um hospedeiro para se alimentarem em no máximo 48 horas. Como os peixes estão constantemente bombeando água por suas guelras, este tecido respiratório é o mais freqüentemente parasitado. Após se fixarem, os dinosporideos tornam-se cistos (trofontes) e enviam filamentos (rizoitos) para os tecidos do hospedeiro para absorver nutrientes. Em alguns dias, estes filamentos se degeneram e o parasita torna-se um tomonte. Ocorre divisão celular interna e liberação de novos dinosporídeos.

O tratamento é feito com a manutenção dos peixes em banho com sulfato de cobre por dez dias. A reinfecção é um problema comum e pode estar associado a habilidade do parasito de colonizar o intestino.

TREMATODEOS MONOGENÉTICOS

Os peixes podem carrear grande número de vermes parasitários diminutos em seus corpos, brânquias e nadadeiras. Estes parasitos podem multiplicar-se sobre o peixe sem a necessidade de hospedeiros intermediários, sendo denominados tremátodes monogenéticos. Sua ocorrência é comum e podem ocorrer pesadas infecções com altas taxas de mortalidade. São facilmente transmissíveis a outros peixes pelo contato, e através da água.

Gyrodactylus

Geralmente encontrado sobre o corpo e nadadeiras, mas podendo também afetar as brânquias. Esses parasitos tem cerca de 0,8mm e podem ser identificados pela falta de máculas oculares, por um único par de grandes ganchos, e por serem vivíparos. Os indivíduos ainda não expelidos podem ser vistos no interior dos vermes vivos.

As infecções inaparentes são comuns. Os parasitas alimentam-se de sangue e epitélio. Quando presentes as lesões incluem hemorragia localizada, produção de muco e ulcerações localizadas. Infecções secundárias por bactérias (Aeromonas, Flexibacter) são comuns.

Dactylogyrus

Uma espécie de trematodeos comumente encontrada nas brânquias, possuem quatro máculas oculares e são vivíparos. Os vermes adultos medem cerca de 200 microns, tendo tanto gônadas masculinas e femininas, e podendo ocorrer a auto fecundação. O peixe parasitado apresenta movimentos acelerados dos opérculos, dispnéia com respiração próxima à superfície, e esfrega-se ao substrato. Quando presente em número suficiente, os parasitas causarão hiperplasia e destruição do epitélio, resultando em asfixia.

O tratamento para tremátodes monogenéticos incluem banhos com formaldeido, água salgada (para peixes de água doce) e organofosforados.

TREMATODEOS DIGENÉTICOS

Trematodes digenéticos em peixes podem ocorrer como formas adultas no trato digestivo ou, mais comumente, como estágios intermediários encistados nos tecidos. É raro encontrar peixes tropicais como hospedeiros finais de formas adultas de parasitas nos intestinos, mas freqüentemente servem como hospedeiro intermediário secundário . Na maioria dos casos uma ave que se alimenta de peixes e que elimina ovos de parasitas para a água. Os ovos evoluem para miracídeos que penetram em uma espécie específica de caramujo. Após o desenvolvimento nos caramujos, as procercárias são espelidas e penetram nos peixes. Aqui se desenvolvem em metacercarias dentro de cistos.

Formas larvais do gênero Neascus são freqüentemente observadas em peixes tropicais coco pintas pretas de 2 a 3mm na pele de peixes. Estas pintas pretas representam uma reação melanínica ao redor da metacercaria encistada.

COPÉPODOS (CRUSTÁCEOS)

Os parasitas copépodes são comuns, incomodam bastante, e são de difícil controle. Há crustáceos de água doce e marinhos. Algumas espécies não parasitas servem como hospedeiros intermediários para certos helmintos. Alguns copépodes introduzem-se profundamente na pele, não sendo incomodados por agentes químicos.

Argulus

Comumente referido como "piolho dos peixes". Os organismos possuem uma forma achatada, com aspecto de pires, podendo ser observados rastejando rapidamente sobre o corpo do peixe parasitado. Quando imóvel, o parasita assemelha-se a uma escama. O exame cuidadoso dos indivíduos irá revelar a presença se patas articuladas e duas grandes ventosas discóides para aderência, o que dá aos organismos a aparência de possuírem dois olhos. Quando presos ao peixe, os parasitos alimentam-se de sangue e fluidos corpóreos. Mesmo peixes maiores podem morrer, se o parasitismo for intenso.

Achetheres

Comuns nas guelras de peixes, onde seus corpos de cores claras destacam-se, em agudo contraste com o vermelho-escuro dos filamentos branquiais. Nesse crustáceo, as patas desaparecem; duas formações bucais modificaram-se, redundando em um par de apêndices curvos, que se pode fusionar nas extremidades, com isso aderindo o parasito às brânquias. Esses parasitos consomem sangue branquial, sendo uma séria ameaça par o peixe.

Lernaea

Também conhecido como verme-âncora. O local de aderência tem a área circunvizinha inflamada, desenvolvendo freqüentemente infecções bacterianas ou fúngicas secundárias. O parasita fica tão firmemente aderido aos seus hospedeiros, que deve-se tomar precauções quando da remoção dos organismos. Após a aderência das formas juvenis, os apêndices da cabeça modificam-se, de modo que o parasito fica assemelhado a uma âncora, em sua extremidade anterior. Essas protusões ramificantes impedem a retirada do parasito. Esse organismo freqüentemente é fator primário nas infecções bacterianas.

TRATAMENTO E DOSAGENS

Rotas de administração:

BANHO: refere-se ao tratamento no qual a droga é dissolvida na água onde o peixe está nadando. O tratamento usualmente dura de 15 minutos a 24 horas. A dosagem é geralmente baseada no volume de água e não na biomassa do peixe.

MERGULHO: refere-se ao tratamento no qual o peixe é submerso numa solução por um período de 1 segundo até 15 minutos. O volume de água é usualmente menos que aquele no tratamento de banho e a concentração da droga é freqüentemente alta.

BANHO INDEFINIDO: a medicação é adicionada ao aquário ou tanque e usualmente não há troca de água ou retirada dos peixes.

INJEÇÃO: o antibiótico é dado por injeção com agulha hipodérmica e seringa. As vias podem ser subcutânea, intradermica, intramuscular, intravenosa e intraperitonial.

ORAL: a medicação é misturada com a alimentação. Usualmente há a incorporação da droga numa dieta gelatinosa. Para grandes peixes, a medicação pode ser colocada em um pedaço de alimento e então a sua ingestão pode ser feito a força.

TÓPICA: o antibiótico é aplicado diretamente na lesão.

MEDICAMENTOS MAIS UTILIZADOS

DROGA DOSE INDICAÇÃO
Cloreto de sódio

(não iodado)

2,5g por litro Em baixos níveis, o sal aumentara a vitalidade dos peixes e inibira o crescimento de muitos parasitas
Verde Malaquita 1,0 g. em 500 ml de água (solução estoque). Dose de 1 a 2 ml por litro
Formalina 6 ml de Formalina a 1% por litro durante 15 a 30 minutos
Verde malaquita + Formalina 1,4 g. de verde malaquita isento de zinco em 3.800 ml de formalina (solução estoque). Dose de 1 ml para 50 litros em dias alternados por no minímo 3 aplicações. Efetiva para protozoários externos, fungos externos, algas dinoflageladas e tremátodes monogenéticos
Enrofloxacina 5-10 mg/Kg IM ou IP cada 48 horas por 15 dias; ou

2,5-5 mg/litro como banho por 5 horas repetido a cada 24 horas por 5-7 dias. Trocar 50-75% da água entre os tratamentos


Oxitetraciclina 20-50mg/litro como banho de 5-24 horas, repetido cada 24 horas por 5-7 dias. Trocar 50-75% da água entre os tratamentos; ou

25mg/Kg IM ou IP cada 24 horas por 5-7 dias; ou


Clorafenicol 50 mg por litro; ou

20-40 mg/Kg IM ou IP cada 48 horas por 15 dias (usar luvas para segurança)

Tratamento tópico ou sistêmico
Metronidazole 400mg/litro como banho de 5 a 12 horas, repetido cada 24 horas por 3 dias consecutivos Bom para anaeróbios e alguns flagelados
Sulfametoxazol + trimetoprim 30mg/Kg PO a cada 24 horas por 10-14 dias; ou

20mg/litro como banho de 5-12 horas, repetido cada 24 horas por 5-7 dias. Trocar 50-75% da água entre os tratamentos.

Muito efetivo como tratamento de banho.

(continuação medicamentos mais utilizados)

DROGA DOSE INDICAÇÃO
Nitrofurazona 20mg/litro como banho de 5 horas, repetido cada 24 horas por 5-7 dias. Trocar 50-75% da água entre os tratamentos.
Pomada de sulfadiazina de prata Aplicar diretamente sobre a ferida a cada 12 horas. Manter a área afetada fora d&rsquoágua por 30-60 segundos para absorção do medicamento.
Sulfadiazina 100 a 250 mg por litro Tratamento tópico
Sulfato de Kanamicina 50-100 mg/litro como banho de 5 horas, repetir cada 72 horas por 3 tratamentos. Trocar 50-75% da água entre os tratamentos. Tratamento tópico
Sulfato de cobre 0,1 a 0,2 ppm Para Oodinium

Animais

Os animais podem ser definidos como seres heterótrofos eucariontes e pluricelulares. Em outras palavras, os animais são organismos incapazes de produzir seu próprio alimento, ingerindo outros seres vivos ou mesmo detritos para obter as substâncias e a energia necessárias para sua sobrevivência. Quando dizemos que os animais são seres eucariontes pluricelulares, significa que suas células possuem núcleos e de modo geral, cada indivíduo possui mais de uma célula constituinte. Além dessas características principais, os animais podem ser descritos em relação a outros aspectos. A forma como esses organismos armazenam carboidratos, por exemplo, é distinta daquela observada entre as plantas. Enquanto os animais reúnem as moléculas de glicose de modo a constituir uma grande molécula extremamente ramificada, chamada glicogênio, as plantas armazenam a glicose que produzem na forma de amido. Outra diferença notável entre plantas e animais é a completa ausência de paredes celulares nesse último tipo de organismo. Nos vegetais, ao contrário verifica-se a presença de uma parede de celulose ao redor da membrana plasmática de cada célula. Afora isso, alguns tipos de tecido ocorrem exclusivamente entre os animais. É o caso do tecido muscular e o tecido nervoso, ambos relacionados à transmissão de impulsos. Não é à toa que, quando pensamos em um animal, imediatamente fazemos uma associação com animais que se movem. Contudo, é preciso estarmos conscientes de que não é exatamente o fato de nos movermos que nos caracteriza, são as estruturas que permitem tais movimentos. Afinal, é possível encontrar organismos que realizam um tipo de movimento, mas que não são animais, como uma ameba, por exemplo. Nesse aspecto, aliás, existem diversas exceções entre os animais, pois nem sempre células nervosa e musculares especializadas são encontradas. Para identificar-se um animal outra característica que pode ser utilizada é a sua forma de reprodução sexuada, se bem que também nesse caso existem algumas exceções. Na maioria das espécies, há no macho a produção de um gameta masculino, em geral flagelado, que fecunda um gameta feminino, originando um zigoto. A partir do zigoto, também chamado de célula ovo, originar-se-á um novo indivíduo através de um complexo processo de desenvolvimento embrionário. Dessa forma, a maioria dos animais apresenta células diplóides, produzindo gametas haplóides que ao se unirem geram um indivíduo com características do pai e da mãe. Todavia, é importante lembrar que, como foi mencionado, nem todos os animais apresentam esse tipo de reprodução. Entre essas exceções podemos citar, por exemplo, alguns lagartos que possuem reprodução assexuada por partenogênese; ou pólipos que reproduzem-se não apenas sexuadamente, mas também por brotamento. O Reino Animal que reúne todas as espécies animais é extremamente diverso, por isso apresenta uma série de subdivisões. Os animais são inicialmente agrupados segundo algumas características básicas em grandes grupos, os Filos. Dentro do Reino Animal, há onze filos: o Filo Porífera inclui as chamadas esponjas do mar; ao Filo Cnidaria pertencem os pólipos e medusas; no Filo Platyhelminthes estão agrupados os chamados vermes chatos como a planária; o Filo Nematoda abrange os vermes cilíndricos como a lombriga; pequenos seres microscópicos de água doce com cílios estão constituem o Filo Rotifera; no Filo Molusca estão organismos como lesmas, caramujos, ostras, mariscos, lulas e polvos; no filo Annelida estão agrupados os vermes segmentados como as minhocas e os sangue-sugas; ao grande Filo Arthropoda pertencem os quelicerados como aranhas e escorpiões, os crustáceos como o camarão e o siri, e os insetos; o Filo Bryozoa agrupa diminutos seres vivos coloniais sésseis que, em sua maioria, vivem no mar; no Filo Echinodermata encontram-se as estrelas-do-mar, os ouriços e os pepinos-do-mar; finalmente, ao Filo Chordata pertencem não apenas todos os vertebrados, mas também outros organismos que apresentam notocorda ao longo de seu desenvolvimento como o anfioxo, por exemplo.