Os animais podem ser definidos como seres heterótrofos eucariontes e pluricelulares. Em outras palavras, os animais são organismos incapazes de produzir seu próprio alimento, ingerindo outros seres vivos ou mesmo detritos para obter as substâncias e a energia necessárias para sua sobrevivência. Quando dizemos que os animais são seres eucariontes pluricelulares, significa que suas células possuem núcleos e de modo geral, cada indivíduo possui mais de uma célula constituinte. Além dessas características principais, os animais podem ser descritos em relação a outros aspectos. A forma como esses organismos armazenam carboidratos, por exemplo, é distinta daquela observada entre as plantas. Enquanto os animais reúnem as moléculas de glicose de modo a constituir uma grande molécula extremamente ramificada, chamada glicogênio, as plantas armazenam a glicose que produzem na forma de amido. Outra diferença notável entre plantas e animais é a completa ausência de paredes celulares nesse último tipo de organismo. Nos vegetais, ao contrário verifica-se a presença de uma parede de celulose ao redor da membrana plasmática de cada célula. Afora isso, alguns tipos de tecido ocorrem exclusivamente entre os animais. É o caso do tecido muscular e o tecido nervoso, ambos relacionados à transmissão de impulsos. Não é à toa que, quando pensamos em um animal, imediatamente fazemos uma associação com animais que se movem. Contudo, é preciso estarmos conscientes de que não é exatamente o fato de nos movermos que nos caracteriza, são as estruturas que permitem tais movimentos. Afinal, é possível encontrar organismos que realizam um tipo de movimento, mas que não são animais, como uma ameba, por exemplo. Nesse aspecto, aliás, existem diversas exceções entre os animais, pois nem sempre células nervosa e musculares especializadas são encontradas. Para identificar-se um animal outra característica que pode ser utilizada é a sua forma de reprodução sexuada, se bem que também nesse caso existem algumas exceções. Na maioria das espécies, há no macho a produção de um gameta masculino, em geral flagelado, que fecunda um gameta feminino, originando um zigoto. A partir do zigoto, também chamado de célula ovo, originar-se-á um novo indivíduo através de um complexo processo de desenvolvimento embrionário. Dessa forma, a maioria dos animais apresenta células diplóides, produzindo gametas haplóides que ao se unirem geram um indivíduo com características do pai e da mãe. Todavia, é importante lembrar que, como foi mencionado, nem todos os animais apresentam esse tipo de reprodução. Entre essas exceções podemos citar, por exemplo, alguns lagartos que possuem reprodução assexuada por partenogênese; ou pólipos que reproduzem-se não apenas sexuadamente, mas também por brotamento. O Reino Animal que reúne todas as espécies animais é extremamente diverso, por isso apresenta uma série de subdivisões. Os animais são inicialmente agrupados segundo algumas características básicas em grandes grupos, os Filos. Dentro do Reino Animal, há onze filos: o Filo Porífera inclui as chamadas esponjas do mar; ao Filo Cnidaria pertencem os pólipos e medusas; no Filo Platyhelminthes estão agrupados os chamados vermes chatos como a planária; o Filo Nematoda abrange os vermes cilíndricos como a lombriga; pequenos seres microscópicos de água doce com cílios estão constituem o Filo Rotifera; no Filo Molusca estão organismos como lesmas, caramujos, ostras, mariscos, lulas e polvos; no filo Annelida estão agrupados os vermes segmentados como as minhocas e os sangue-sugas; ao grande Filo Arthropoda pertencem os quelicerados como aranhas e escorpiões, os crustáceos como o camarão e o siri, e os insetos; o Filo Bryozoa agrupa diminutos seres vivos coloniais sésseis que, em sua maioria, vivem no mar; no Filo Echinodermata encontram-se as estrelas-do-mar, os ouriços e os pepinos-do-mar; finalmente, ao Filo Chordata pertencem não apenas todos os vertebrados, mas também outros organismos que apresentam notocorda ao longo de seu desenvolvimento como o anfioxo, por exemplo.
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