Saiba mais sobre alguns dos bichos esquisitos que ainda estão vivos entre nós
Por Redação Galileu
O site The List Universe fez uma lista de animais com aparência bem estranha. Todos os membros desta seleção ainda vivem entre nós, mas muitos deles estão ameaçados de extinção.
A maioria corre perigo devido ao desmatamento que acaba com o habitat natural dos bichos. Outros animais estão correndo o risco de serem exterminados da Terra justamente por sua aparência incomum que atrai colecionadores, como é o caso do número 2. Veja a lista abaixo:
10. Proteus anguinus
É um anfíbio cego muito comum em águas subterrâneas de cavernas no sul da Europa. Vive exclusivamente em lugares sem luz, é também conhecido pelos habitantes da região como peixe humano por causa da cor de sua pele. Apesar dos olhos atrofiados, seu olfato e audição são muito desenvolvidos.
9. Tremoctopus violaceus
Também conhecido como polvo de véu, a fêmea desta espécie é 40.000 vezes mais pesada do que o macho. Enquanto ela mede até dois metros de comprimento, ele chega aos míseros 2,4 cm. A fêmea costuma estender seu véu quando ameaçada para parecer maior e mais assustadora do que já é.
8. Centrolenidae
As rãs desta família são caracterizadas pela pele quase transparente. Vivem em florestas úmidas da América Central e do Sul. Também conhecida como rã de vidro, quase todos os seus órgãos são aparentes.
7. Psychrolutes marcidus
O blobfish, ou o peixe mais feio do mundo, é raramente encontrado vivo. Habitante das águas profundas do mar da Austrália e Tasmânia, tem consistência gelatinosa e densidade levemente menor que a da água, assim é quase levado por ela e usa pouco seus músculos flácidos.
6. Archaeidae
Uma família de aranhas com que só come outras aranhas. A forma estranha, composta por pescoço e pinças alongadas ajuda na caçada. Conhecidas como aranhas assassinas ou pelicanos, são encontradas na Austrália, Madagascar e África do Sul.
5. Sternoptychidae
Esta família de peixe habita quase todos os oceanos, menos os de água mais gelada. Como proteus e blobfish, também vive em ambientes escuros. Conta com órgãos produtores de luz dos lados para enganar predadores.
4. Kiwa hirsuta
Este caranguejo peludo é coberto, na verdade por cerdas semelhantes às de camarões. Ele usa suas cerdas para filtrar a água ao seu redor. Cego e incolor, também vive na escuridão.
3. Phycodurus eques
Este dragão marinho é um peixe que vive disfarçado de alga. Vive na Austrália flutuando em águas superficiais. Por ser muito camuflado, caça por emboscada. Atualmente encontra-se ameaçado.
2. Uroplatus phantasticus
Mais conhecida como lagartixa satânica com cauda de folha, a espécie acima é natural da ilha de Madagascar. Mas, como vários animais da região, corre risco de ser extinta por causa da destruição de seu habitat e caça feita por colecionadores. A lagartixa usa sua aparência para camuflagem e, apesar do olhar satânico, só se alimenta de insetos.
1. Hemeroplanes cartepillar
Parece, mas não é cobra. Trata-se de uma lagarta pouco conhecida e dificilmente avistada que vive nas florestas úmidas do México e América Central. Normalmente ela n”ao tem essa aparência assustadora, mas, quando é ameaçada, ganha as cores e o formato de uma cobra. Além de mimetizar cores, olhos e o formato da cobra, a lagarta simula ataques – inofensivos, já que ela não é venenosa. Esta lagarta fantasiada de cobra está muito ameaçada de extinção por causa do desmatamento.
sábado, 14 de agosto de 2010
Na coluna De volta à pré-história, saiba qual o sabor de descobrir as memórias perdidas dos seres humanos e as do passado da vida na Terra
Por: Ismar de Souza Carvalho, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Publicado em 13/08/2010 | Atualizado em 13/08/2010
(Ilustração: Cruz).
Iniciei o dia de hoje arrumando um velho armário que me acompanha há muitos e muitos anos. É surpreendente a quantidade de coisas que acumulamos com o tempo: canetas que não têm tinta, chaveiros, figurinhas, moedas que já não são úteis e, às vezes, até mesmo um pedaço de chiclete, que ficou esquecido lá no fundo de uma gaveta. Geralmente, o que guardamos por muito tempo, apesar de não ter nenhum valor, faz parte do que existe de mais importante: a memória de nossas histórias e emoções.
Foi assim que encontrei um caderno com a capa amarelada e um pouco amassada, que já não via há pelo menos trinta anos. Tanto tempo, não é mesmo? Porém, foi muito bom tê-lo reencontrado. Nele estavam vários recortes de jornais com notícias que me impressionavam quando eu tinha meus 11 anos. Havia um sobre a descoberta de pegadas de dinossauros na Paraíba, outro sobre uma nova múmia encontrada no Egito. Matérias sobre fósseis úteis para a descoberta de petróleo, textos sobre a origem da vida e mais alguns sobre civilizações pré-históricas. Inicialmente não entendi o porquê de eu guardar recortes de jornais que pareciam tão diferentes. Porém, logo percebi que todos tinham relação com o tempo. Uns falavam sobre o tempo humano, como as notícias das antigas civilizações. Já outros - como o que noticiava as pegadas de dinossauro - eram sobre o tempo geológico: o que é medido em muitos e muitos milhões de anos.
Arqueólogos fazem uma escavação na Europa (foto: Russel Hugo).
Ramo de um pinheiro de 100 milhões de anos coletado no interior do Ceará (imagem cedida pelo autor).
A diferença da duração do tempo é um dos aspectos que diferencia duas ciências: a arqueologia e a paleontologia. A arqueologia estuda os restos e vestígios das pessoas que viveram no passado. Os objetos de estudo podem ser antigas ferramentas, como os machados de pedra, ou, então, como era a sociedade. A arqueologia tem sempre relação com o passado das pessoas e, por isso, o tempo dos materiais arqueológicos pode ter algumas centenas ou até milhares de anos.
Já a paleontologia estuda os fósseis, que, geralmente, são encontrados em rochas com muitos e muitos milhões de anos, quando os seres humanos ainda nem tinham surgido na Terra. Os fósseis podem ser vestígios de animais, plantas, fungos ou até mesmo bactérias que viveram em nosso planeta. Alguns são gigantescos como os dinossauros, outros só podem ser observados com possantes microscópios, como o de algumas algas fósseis. A idade dos fósseis quase sempre é a de um passado muito, mas muito longínquo da história da Terra.
Porém, há um ponto em comum entre os que se dedicam a essas duas ciências. Os arqueólogos e os paleontólogos compartilham uma mesma emoção: a possibilidade da descoberta do nosso passado, de nossas origens. Descobrir as memórias perdidas dos seres humanos ou as do passado da vida na Terra é como resgatar nossas próprias lembranças guardadas em uma gaveta: é recordarmos de tempos que não mais existem, mas que nos fazem entender quem somos.
Ismar de Souza Carvalho Departamento de Geologia Universidade Federal do Rio de Janeiro
Profissional dá dicas para você começar a clicar paisagens, plantas ou animais
Por: Carolina Drago, Instituto Ciência Hoje/RJ
Publicado em 12/08/2010 | Atualizado em 12/08/2010
O tatu-canastra é um bicho noturno e arisco. Para fotografá-lo, Luiz Claudio Marigo acordava às três da madrugada e saía de carro pelo Parque Nacional das Emas, em Goiás. Foram nessários vários dias até encontar esse mamífero (fotos: Luiz Claudio Marigo).
Se você curte a natureza, o que acha de fotografá-la? Saiba que pode ser bem fácil! Basta uma câmera digital simples, curiosidade pelos hábitos dos animais e atenção às formas e cores do meio ambiente. Quem ensina é o fotógrafo Luiz Claudio Marigo, que acaba de lançar o livro Fotografia de natureza: teoria e prática.
Marigo ainda era criança quando decidiu se aventurar no mundo natural para conhecer de pertinho as plantas e os bichos. Agora, em seu livro, dá dicas para aqueles que têm vontade de lançar seus flashes sobre esse mundo verde e de várias outras cores. Para crianças como você, a primeira sugestão do fotógrafo é: ande na natureza e descubra do que mais gosta. Será que é registrar paisagens? Bichos? Ou plantas?
Esta foi uma das fotografias que Marigo fez ao voar por mais de cem horas sobre a Floresta Amazônica em um teco-teco.
Observador da natureza
Não, você não precisa saber mexer naquelas câmeras supercomplicadas, cheias de botões, para tirar fotos bonitas. Marigo lembra que o mais importante é usar a criatividade e, claro, apreciar o mundo dos animais, seus hábitos e suas características. “Para aprender é preciso observar”, aconselha. “O mais importante não é a técnica, porque a tecnologia muda. O que não muda é a boa fotografia.”
Luiz Claudio Marigo fotografou, em 1990, a última ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) avistada no Brasil, no Riacho da Melancia, ao norte da Bahia. Neste vídeo, o fotógrafo explica como isso aconteceu. Clique e assista.
Para começar, você pode fotografar o seu bichinho de estimação, dentro de casa mesmo, para depois arriscar fotos de paisagens e de outros animais. As formas das plantas também podem dar uma imagem legal, já que existem plantas de diferentes tamanhos e contornos. E não se esqueça das luzes e cores que a natureza pode emprestar à sua foto. Experimente, por exemplo, fotografar em diferentes horários. A luz muda ao longo do dia e, com ela, a sua foto também!
O segredo para fotografar borboletas é se aproximar devagar, sem movimentos bruscos, ou esperá-las perto das flores, onde esses insetos se alimentam de néctar. Concentradas na refeição, elas permitem que o fotógrafo chegue bem perto!
Pequenos fotógrafos de insetos
Outra dica é fotografar insetos. Estes seres pequeninos que preferem, muitas vezes, os lugares rasteiros também podem ser uma escolha divertida. Marigo conta que, “por serem mais baixas, as crianças têm o olhar mais agudo para observar os insetos”. Ou seja, têm a chance de prestar mais atenção neles e fazer boas fotos. Para você ver que ser um fotógrafo mirim tem suas vantagens!
Facilmente identificado pelo "colar de pêlos", este lêmure tem ainda outras características: o pêlo pode ser preto e branco ou castanho, mas os membros e a cauda são pretos. É um trepador esperto e mais ativo ao entardecer e nas primeiras horas da noite, quando procura alimento entre os galhos das árvores (frutos, folhas e bagas). Raramente desce ao solo.
Nome científico: Varecia variegata Tamanho: Corpo: 60 cm Habitat: Floresta tropical Distribuição: Nordeste e leste de Madagascar