quarta-feira, 16 de março de 2011

Afinal, o que são animais?

Esta pergunta parece fácil de responder. Mas não é bem assim. Por exemplo, fungos, bactérias e vírus pertencem a outra categoria que não a de animais.

A Terra é habitada por uma infinidade de seres vivos. Nem todos são animais. Uma samambaia, uma rosa ou uma laranjeira integram obviamente outra categoria de ser vivo. Para entender o que diferencia um animal de um vegetal e esses dos demais seres vivos, diversos cientistas se dedicaram - principalmente ao longo dos últimos dois séculos - à análise das características de cada forma de vida e tentaram estabelecer uma classificação em comum.
As primeiras diferenciações eram bem simples. Durante muito tempo, separavam-se todas as formas de vida em dois grandes grupos: o animal e o vegetal, enquanto os mineirais constituíam uma divisão à parte. Para um ser vivo ser colocado em um ou outro grupo, bastava observar o seguinte: aquele com capacidade de realizar fotossíntese e que não se locomova era posto entre os vegetais. Por sua vez, os seres vivos que se movimentam e conseguiam alimento comendo plantas ou outros animais eram agrupados entre os animais.

  • Classificação científica

Com o avanço no estudo dos seres vivos, desencadeado por obrservações mais apuradas e descobertas, a classificação científica ganhou maior importância.

Ficou claro que dividir as formas de vida em apenas dois grupos - denominados reinos Animalia e Plantae - era insuficiente e, não raro, causava confusão entre os estudiosos. As bactérias, que são seres unicelulares, ora se classificam entre os animais, ora fazim parte do grupo das plantas.
A questão foi resolvida quando o biólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) criou o reino Protista para agrupar os organismos unicelulares.
A partir de então, outros cientistas propuseram a elaboração de duas outras categorias, totalizando cinco reinos, dentro dos quais todos os seres vivos estão divididos.
Embora existam outras formas de classificação científica, o sistema de cinco reinos é bastante aceito atualmente.

  • Os cinco reinos
A classificação em cinco reinos foi proposta originalmente em 1969 pelo cientista norte-americano Robert Whittaker (1920-1980). Veja como é esta divisão:

1. Reino ANIMALIA
Chamado também Metazoa, engloba a maior quantidade de organismos. Agrupa seres multicelulares, que obtêm energia a partir dos alimentos. A amioria é capaz de se locomover. Aqui se incluem desde representantes bem conhecidos, como leões tubarões e cachorros, até aqueles que à primeira vista, nem se parecem animais, como corais, esponjas e anêmonas.

2. Reino
PLANTAE
Seus integrantes são organismos multicelulares, e a grande maioria, autotróficos, ou seja, obtêm energia a partir da fotossíntese. Agrupa cerca de 300 mil espécies. Esse reino também é denominado Metaphyta.

3. Reino
PROTISTA
Aqui estão reunidos organismos unicelulares, ou seja, aqueles formados por uma única célula. Fazem parte desse reino as algas microscópicas e os protozoários. Em geral, habitam o meio aquático ou locais úmidos. Quanto à obtenção de energia, alguns se comportam como plantas, isto é, coletam energia a partir da luz solar. Outros protistas adquirem energia por meio da ingestão de alimento.

4. Reino
FUNGI
Abarca os fungos, que somam milhares de espécies, entre cogumelos, bolores e leveduras. Os fungos podem ser classificados em dois grandes grupos, de acordo com o modo como obtêm energia: saprófitas e parasitas. Os saprófitas se alimentam de matéria orgânica animal ou vegetal morta. Já os parasitas ficam dentro ou sobre animais e plantas vivos e deles retiram seu alimento.

5. Reino
MONERA
Inclui as bactérias, seres unicelulares que apresentam a organização mais simples da natureza. Elas obtêm energia a partir de material orgânico ou inorgânico e até da luz solar.


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